VULNERABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA NOS CONTRATOS DE ADESÃO E APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Resumo
RESUMO: A proteção ao consumidor visa igualá-lo ao fornecedor. Pretendeu-se provar que a pessoa jurídica quando exposta aos contratos de adesão é consumidora já que a forma de contratação a torna vulnerável. Para tanto se utiliza o artigo 29 do Código de Defesa do Consumidor que equipara a consumidor todas as pessoas expostas às práticas comerciais (capítulos V) e contratuais (capítulo VI), estando, os contratos de adesão disciplinados neste último. Os contratos de adesão, por serem elaborados por apenas uma das partes e de a parte aderente não poder propor alterações as cláusulas essenciais e, ademais,por deterem geralmente conteúdo mais favorável ao proponente, deixam o aderente em situação de inferioridade e insegurança jurídica. O que se entende é que o“codex”, por extensão prevista por ele mesmo, deve ser aplicado aos contratos de adesão, para tutelar o aderente em desvantagem (art.4, I do CDC). E, neste contexto, quando uma pessoa jurídica se submete a um contrato de adesão, dispondo-se vulnerável, se equipara a consumidor.
Palavras-chave: Código de defesa do consumidor. Vulnerabilidade. Consumidor equiparado. Pessoa jurídica. Contrato de adesão.
VULNERABILITY OF LEGAL ENTITY IN CONTRACTS OF ADHESION AND APPLICATION OF THE CODE OF CONSUMER PROTECTION
ABSTRACT: The consumer protection is intended to allow the supplier to match it. It was intended to prove that the person when exposed to legal contracts of adhesion is regarded as a consumer in the form of hiring makes it vulnerable. For that weuseArticle29 of the Consumer Protection Code that equates consumers all persons exposed to commercial practices (Chapter V) and contract (Chapter VI) and is non-negotiable contractsdisciplinedin the latter. Theadhesion contracts, being produced by only one party and the party adherents cannot propose changes to the essential terms and, moreover, by holding generally favorable to the proponent, leave the stick at a disadvantage and legal uncertainty. What is meantis thatthe codex, by extensionprovidedby him, shall apply tocontracts of adhesion, to protectthe supplierat a disadvantage(art.4, ICDC). And in thiscontext, whenacorporationundergoesanadhesion contract, arrangingthemselves vulnerable, equates tothe consumer.
keywords: code of consumer protection. Vulnerability. Consumer treated. Corporations. Contract of adhesion.
Referências
ADDARIO, Marilsen Andrade. Conceituação de consumidor: destinatário fi-nal ou uso não profissional? Revista de Direito do Consumidor. São Paulo, n.75, 2010
BALMAN, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercado-ria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008
BENJAMIN, Antonio Herman Vasconcellos; BESSA, Leonardo Roscoe; MARQUES, Claudia Lima. Manual de Defesa do Consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
BESSA, Leonardo Roscoe. Relação de consumo e aplicação do Código de Defesa do Consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.
CASADO, Marcio Mello. Proteção do consumidor de crédito bancário e financeiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito. São Paulo: Atlas, 2005. GOMES, Orlando. Contratos. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
GRINOVER, Ada Pellegrini. et al.Código brasileiro de defesa do consumidor : comen-tado pelos autores do anteprojeto. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
LISBOA, Roberto Senise. Contratos Difusos e Coletivos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997
MARINS, James. Proteção contratual do CDC a contratos bancários interem-presariais, inclusive bancários. Revista de Direito do Consumidor, São Paulo, n. 18, 1996
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no código de defesa do consumidor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
MIRANDA, Custodio da Piedade Ubaldino. Contratos de Adesão. São Paulo: Atlas, 2002.
MORATO, Antonio Carlos. Pessoa jurídica consumidora. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008.NOVAIS, Alinne Arquette Leite. A teoria contratual e o código de defesa do consumi-dor. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001.
PASQUALATTO, Adalberto. O destinatário final e o “consumidor intermedi-ário”. Revista Direito do Consumidor. São Paulo n.74, 2010
RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite. O conceito jurídico de consumidor. Revista Trimestral de Direito Civil. Rio de Janeiro, n. 19, 2004
SENTENÇAS - autos do Processo 0389804752-7, juiz Joel Dias Figueira Jú-nior, Joinville, Santa Catarina, j. 07/05/1999. Revista de direito do consumidor,n.32, São Paulo, 1999
ZANELLATO, Marco Antônio. Noção jurídica de consumidor. Revista Justitia. São Paulo, v. 64, n. 197, 2007
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista do Centro Acadêmico Afonso Pena

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.