Em breve cárcere ou a subjetividade conquistada pela palavra

Autores

  • Dayane Campos da Cunha Moura Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.24.3.11-25

Palavras-chave:

escrita, conformação da subjetividade, corpo, memória

Resumo

Neste artigo, analisamos as relações entre atividade escritural e conformação da subjetividade feminina a partir da leitura do romance Em breve cárcere, da escritora argentina Sylvia Molloy. A narrativa, predominantemente em terceira pessoa, centra-se na reconstrução das experiências vividas pela protagonista, das descobertas e perdas apreensíveis fugazmente pelo gesto doloroso, mas necessário, da escrita. Para tanto, tentaremos cartografar os caminhos dessa memória especular atravessada pelo onírico, que revela temores e desejos de uma subjetividade fabricada na solidão de um cômodo-metáfora. Mobilizaremos alguns conceitos de Pierre Bourdieu, presentes em A dominação masculina (1998), bem como refletiremos sobre o lugar da “mulher-que-escreve” a partir das considerações que Virginia Woolf tece no ensaio intitulado “Um teto todo seu” (1929).

Biografia do Autor

  • Dayane Campos da Cunha Moura, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
    Doutoranda em Estudos Literários na Universidade Federal de Juiz de Fora. Professora de Língua Portuguesa e Espanhol no IF Sudeste MG-Campus Juiz de Fora.

Referências

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Trad. Maria Helena Kuhner. 2 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

MOLLOY, Sylvia. Em breve cárcere. Trad. Heloisa Jahn. São Paulo: Editora Iluminuras LTDA, 1995.

WOOLF, Virginia. Um teto todo seu. Trad. Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. P.7-149.

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Publicado

2019-11-14