Cinema e vídeo na obra de Guimarães Rosa

o percurso das adaptações dos textos rosianos e análise transemiótica da narrativa 'Cara-de-Bronze'

Autores

  • Enio Luiz de Carvalho Biaggi Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.19.2.163-172

Palavras-chave:

Guimarães Rosa, Transcriação intersemiótica, “Cara-de-Bronze”

Resumo

Foi realizado um mapeamento das traduções/transcriações realizadas a partir da obra de Guimarães Rosa para outros sistemas semióticos, principalmente para cinema, televisão e vídeo. Analisou-se também, comparativamente, a narrativa “Cara-de-Bronze”, presente no livro No Urubuquaquá, no Pinhém, ex-Corpo-de-Baile, enquanto roteiro cinematográfico, classificando-o como texto transemiótico e transgenérico. Por abranger vários gêneros textuais, pertencentes a diferentes sistemas de signos – literatura, roteiro, teatro, cantigas – o conto rosiano deve ser considerado como texto transtextual. Para este estudo, foram utilizadas as teorias de transtextualidade, desenvolvida por Gérard Genette; de tradução intersemiótica, elaborada pelo teórico russo Roman Jackobson; e de transcriação, criada pelo poeta e crítico Haroldo de Campos. Para estudo comparativo entre a narrativa literária “Cara-de-Bronze” e roteiros foram utilizados, como referência, os seguintes livros: Roteiro – arte e técnica de escrever para cinema e televisão e Da criação ao roteiro, ambos de Doc Comparato, além de textos sobre edição de vídeos e filmes, técnicas de filmagem e história do cinema, como Introdução ao cinema, de José Eustáquio Romão, e A linguagem cinematográfica, de Marcel Martin.

Biografia do Autor

  • Enio Luiz de Carvalho Biaggi, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
    Graduado em Letras (FALE/UFMG) e Direito (PUC/MG); Mestre em Teoria da Literatura (Poslit/UFMG) e Doutorando em Literatura Comparada (UFMG).

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Publicado

2013-08-31

Edição

Seção

Teoria, Crítica Literária, outras Artes e Mídias