DAS APROPRIAÇÕES LITERÁRIAS
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA LEITURA E DO SUPLEMENTO DE DERRIDA
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.16.3.91-104Palavras-chave:
Suplemento, adaptação literária, leituraResumo
Para Derrida, um texto possui múltiplas camadas de sentido, os quais são sempre adiados e cuja leitura se dá desdobrando-se muitas vezes em escrita. Pretende-se refletir a respeito de alguns pontos convergentes entre a cena da leitura de Derrida e as questões de adaptação e apropriação literária no que se referem, principalmente, ao conceito de suplemento.Referências
BARTHES, Roland. Theory of the text. In: YOUNG, R (Ed.). Untying the text: a Poststructuralist Reader. Boston: Routledge/Keegan Paul, 1981. p. 31-47.
BARTHES, Roland. O prazer do texto. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 1987.
BENJAMIN, Walter. A tarefa-renúncia do tradutor. Trad. Susana Kampff Lages. In: HEIDERMANN, Werner (Org.). Clássicos da teoria da tradução: antologia bilíngüe alemão-português. Florianópolis: UFSC, Núcleo de Tradução, 2001. v. 1. p. 188-215.
CAMPOS, Haroldo de. Reflexões sobre a poética da tradução. In: SIMPÓSIO DE LITERATURA COMPARADA, 1986, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG. 2 v., v. 1, p. 258-276, 1987.
DERRIDA, Jacques. Gramatologia. Trad. Miriam Chnaiderman e Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Perspectiva, 1967.
DERRIDA, Jacques. A farmácia de Platão. Trad. Rogério da Costa. São Paulo: Iluminuras, 2005.
DERRIDA, Jacques. Torres de Babel. Trad. Junia Barreto. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.
DESMET, Christy; SAWYER, Robert (Ed.). Shakespeare and appropriation. London: Routledge, 1999.
ECO, Umberto. Pós-escrito a O nome da rosa: as origens e o processo de criação do livro mais vendido em 1984. 3. ed. Trad. Letizia Zini Antunes e Álvaro Lorencini. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
FISCHLIN, D.; FORTIER, M. (Ed.). Adaptations of Shakespeare: a critical anthology of plays from the seventeenth century to the present. London: Routledge, 2000.
KRISTEVA, Julia. Semiótica do romance. 2. ed. Trad. Fernando Cabral Martins. Lisboa: Arcádia, 1978.
HEDRICK, D.; REYNOLDS, B. (Ed.). Critical Introduction: Shakespeare and transversal power. In: HEDRICK, D.; REYNOLDS, B. Shakespeare without class: misappropriations of cultural capital. New York/London: Palgrave, 2000. p. 3-50.
HUTCHEON, Linda. A theory of adaptation. New York/London: Routledge, 2006.
JAUSS, Hans-Robert. Toward an aesthetic of reception. Trad. Timothy Bahti. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1982.
LAGES, Susana Kampff. Walter Benjamin: tradução e melancolia. São Paulo: Edusp, 2002.
MIRANDA, Wander M. Tradução e intertextualidade. In: SIMPÓSIO DE LITERATURA COMPARADA, 1986, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG. 2 v., v.1, p. 258-276, 1987.
PIGLIA, Ricardo. Memoria y tradición. In: ANAIS DO 20 CONGRESSO ABRALIC (1991), v. 1, p. 60-66.
RICH, Adrienne. When we dead awaken: writing as re-vision. In: ____. On lies, secrets, and silence. New York: Norton, 1979. p. 33-49.
SANDERS, Julie. Novel Shakespeare: twentieth century women novelists and appropriation. Manchester: Manchester UP, 2001.
SANDERS, Julie. Adaptation and appropriation. New York/London: Routledge, 2006.
THOMPSON, Ann; TAYLOR, Neil. William Shakespeare’s Hamlet. 2nd ed. Devon: Northcote House Publishers, 2005.