Graduanda em Arquitetura e Urbanismo/UFSC, em mobilidade acadêmica na EA/UFMG. Investigadora do Indisciplinar nas pesquisas: Territórios Populares, Cartografias da Percepção do Orçamento Participativo, e nos projetos de extensão: Geopolítica e Cidades e Plataforma Urbanismo Biopolítico.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil
Mestranda em no programa de pós-graduação em PACPS pela EA/UFMG. Bacharel em Arquitetura e Urbanismo/UFAL. Investigadora no Indisciplinar nas pesquisas: Cartografias da Percepção do Orçamento Participativo, Neoliberalização da Política Urbana e Gentrificação e Ecologia Política e Sustentabilidade e projeto de extensão: Plataforma Urbanismo Biopolítico.
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil
Professora Doutora/EA da UFMG e líder do grupo de pesquisa Indisciplinar. Professora do quadro permanente dos programas de pós-graduação da EA/UFMG NPGAU e PACPS.
Este artigo é resultado da experiência de investigação, extensão e imersão do Grupo de Estudos Lagoinha, vinculado ao grupo de pesquisa Indisciplinar, que acontece desde o segundo semestre de 2018. Tais investigações compõem o conjunto de projetos: de pesquisa como (i) TP – Territórios Populares e (ii) Cartografias da Percepção do Orçamento Participativo; e de extensão como (iii) Geopolítica e Cidades e (iv) Plataforma Urbanismo Biopolítico. Propõe-se, neste estudo, apresentar um olhar capaz de enredar controvérsias e vicissitudes que emergem dos processos de urbanização, gentrificação, resistências dos movimentos populares e o papel da universidade na atuação no território. Cartografar a região se apresenta, portanto, como um método adequado à compressão dos diagramas de forças, instrumentos e tecnologias de ação presentes – e em constante tensão – na região da Favela Pedreira Prado Lopes. Além disso, almeja-se dar visibilidade à leitura genealógica da produção do território da Favela Pedreira Prado Lopes, revisitando a história da região de forma a destacar atores e eventos importantes e que impactam nas controvérsias contemporâneas evidenciadas no território. Dessa forma, torna-se possível enfatizar as contradições emergentes nos processos de urbanização neoliberal ao mesmo tempo em que se fazem ecoar as redes de resistência e potência que surgem no território.
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