A semântica formal das línguas naturais: histórias e desafios
DOI:
https://doi.org/10.17851/2237-2083.20.1.119-148Palavras-chave:
Semântica, Semântica formal, História da Linguística, Estado da Arte.Resumo
Este artigo faz um resumo da história dos estudos semânticos noBrasil e no mundo, sobretudo das transformações iniciadas nadécada de 1970 e da abertura para uma semântica formalautônoma, que, hoje em dia, comporta diferentes visões sobre arelação sintaxe e semântica, da centralidade da sintaxe aoisomorfismo sintaxe semântica. Mostramos como as ideias do lógicoRichard Montague impulsionaram, através de Barbara Partee eEmmon Bach entre outros, tais estudos, estimulando o surgimentode novas vertentes, e como essas novas tendências foram inseridasno Brasil pela Unicamp com a ajuda de pesquisadores comoMarcelo Dascal, Rodolfo Ilari e Carlos Franchi. O artigo iniciacom uma breve descrição do que é a semântica formal,diferenciando-a de outras semânticas e, principalmente, dasemântica lógica, praticada pelos filósofos, cujo objetivo é descreverraciocínios válidos. A semântica formal é uma ciência empíricaque busca explicar o conhecimento semântico que um falante tem– sua capacidade de relacionar linguagem a algo que não élinguagem (mundos, modelos, conceitos), a composicionalidade e relações sistemáticas entre sentenças – através de umametalinguagem lógico-matemática. Esse empreendimento temsido bem sucedido, se expandindo para além da semântica emdireção a uma maior interação com a pragmática formal. Astendências atuais são de interação com outras disciplinas – apsicolinguística, por exemplo – e a preocupação com línguas poucodescritas, como as línguas indígenas brasileiras. No Brasil, asemântica formal ganhou impulso com a criação dos workshops etem conseguido um espaço cada vez mais significativo na linguísticanacional e internacional.Downloads
Publicado
2012-06-30
Edição
Seção
Artigos
Como Citar
A semântica formal das línguas naturais: histórias e desafios. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 20, n. 1, p. 119–148, 2012. DOI: 10.17851/2237-2083.20.1.119-148. Disponível em: https://periodicos-hml.cecom.ufmg.br/index.php/relin/article/view/28635. Acesso em: 4 out. 2025.