Influência da prorrogação da licença maternidade para seis meses na duração do aleitamento materno exclusivo
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415-2762.20130030Palavras-chave:
Aleitamento Materno, Saúde da Criança, Licença Maternidade, Saúde da Mulher, EnfermagemResumo
Este estudo objetivou analisar a influência da prorrogação da licença maternidade para seis meses na duração do aleitamento materno exclusivo (AME) das mães usuárias de um Centro de Educação Infantil (CEI). Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de abordagem quantiqualitativa, realizada com 20 mães que, após o retorno da licença maternidade de 180 dias, retornaram aos seus respectivos serviços e ingressaram com seus bebês no CEI da Universidade Estadual de Maringá, em 2010. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento semiestruturado contendo questões fechadas e abertas. As questões fechadas foram tabuladas e analisadas em planilhas no programa Excel e os depoimentos avaliados por meio da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que a população estudada apresentava fatores favoráveis à amamentação. A prorrogação da licença maternidade possibilitou que as mães amamentassem exclusivamente por um tempo mais longo, sendo o retorno ao trabalho o principal motivo para a interrupção do AME. Destarte, o estudo informa que esforços devem ser feitos pela equipe de saúde do CEI no sentido de orientar essas mães trabalhadoras, em todas as etapas do ciclo gravídico-puerperal, sobre a importância do AME até os seis meses, além de atuar no manejo do aleitamento materno para que, quando elas retornarem ao trabalho, ainda estejam amamentando seus filhos.Referências
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