Los amnésicos
una historia de la desnaturalización democrática de Brasil
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2022.41121Palabras clave:
Amnesia, Democracia brasileña, Desnaturalización, Inércia, MitoResumen
Este trabajo se centra en dos amnesias típicamente brasileñas: la primera, ligada a una postura escéptica respecto a la posibilidad de cualquier progreso social, y la segunda, a una creencia irracional en un pasado casi idílico. Entrelazándolos con la vulgarización del texto constitucional, buscamos comprender la forma en que el espectro de los primeros favorece el comportamiento de los segundos, así como la forma en que ambos se relacionan con la aparición, en el plano concreto, del riesgo de la desnaturalización constitucional-democrática. Para ello, este trabajo observa cómo se produce el salto de la incredulidad en la eficacia normativa a la indiferencia política, un terreno del que se aprovecharán los "farsantes de la historia" – los mistificadores del pasado y los complotistas – y también escudriña las artimañas utilizadas por los segundos amnésicos para poner en práctica sus deseos. Al final de este proyecto, vemos que, aunque permanente, la crisis brasileña adquiere nuevas características cuando la disputa por el poder llega al campo digital, un espacio que amplifica el fanatismo, la retórica incrédula y la polarización. Si queremos entender la democracia brasileña en su etapa actual, creemos que es necesario, antes que nada, analizar las mentalidades que la han favorecido; de ahí el deseo de investigar el poder de las voces amnésicas en la escena política brasileña. En este sentido se concibe la metáfora del barco de los amnésicos que inaugura la presente obra. Entrando en ella, se comprueba que es desde el silencio, desde la inercia, que se desnaturaliza la democracia.
Descargas
Referencias
ABRANCHES, Sérgio. Polarização radicalizada e ruptura eleitoral. In: ABRANCHES, Sérgio et al. Democracia em risco?: 22 ensaios sobre o Brasil hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
AGAMBEN, Giorgio. Quando a casa queima: Sobre o dialeto do pensamento. Trad. Vinícius Nicastro Honesko. Belo Horizonte,Veneza: Âniyé, 2021.
ARENDT, Hannah.Verdade e Política. In: ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2016, p. 286-325.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.
CANETTI, Elias. Massa e poder. Trad. Sergio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
CESARE, Donatella di. Estrangeiros residentes: Uma filosofia da migração. Trad. Cézar Tridapalli. Belo Horizonte,Veneza: Âniyé, 2020.
CESARE, Donatella di. O complô no poder. Trad. Cézar Tridapalli. Belo Horizonte,Veneza: Âniyé, 2022.
DUNKER, Christian Ingo Lenz. Psicologia das massas digitais e análise do sujeito democrático. In: ABRANCHES, Sérgio et al. Democracia em risco?: 22 ensaios sobre o Brasil hoje. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ECO, Umberto. Construir o inimigo. In: ECO, Umberto. Construir o inimigo e outros escritos ocasionais. Trad. Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2021, p. 11-31.
ECO, Umberto. Intolerância. In: ECO, Umberto. Migração e intolerância. Trad. Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2020, p. 31-55.
FAORO, Raymundo. Existe um pensamento político brasileiro? In: FAORO, Raymundo. A República Inacabada. Org. Fábio Konder Comparato. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 22-141.
GIGLIOLI, Daniele. Crítica da vítima. Trad. Pedro Fonseca. Belo Horizonte, Veneza: Âyiné, 2016.
GOMES, David F. L. Para uma crítica à tese da constitucionalização simbólica. In: GOMES, David F. L. Para uma Teoria da Constituição como Teoria da Sociedade: Estudos Preparatórios, v. 1. Belo Horizonte: Conhecimento, 2022. DOI: https://doi.org/10.29327/254374.3.9-2
GOMES, David F. L. “Sobre nós mesmos”: Menelick de Carvalho Netto e o Direito Constitucional brasileiro pós-1988. In: GOMES, David F. L. Para uma Teoria da Constituição como Teoria da Sociedade: Estudos Preparatórios, v. 1. Belo Horizonte: Conhecimento, 2022.
GOMES, David F. L. Tributo a Paulo Bonavides: dificuldades de um projeto constituinte no horizonte de um “nós fraturado”. In: GOMES, David F. L. Para uma Teoria da Constituição como Teoria da Sociedade: Estudos Preparatórios, v. 1. Belo Horizonte: Conhecimento, 2022.
HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: O neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Trad. Maurício Liesen. Belo Horizonte; Veneza: Âyiné, 2020.
HOMERO. Odisseia. Trad. Frederico Lourenço. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2011.
KLÜGER, Ruth. Paisagens da memória: autobiografia de uma sobrevivente do Holocausto. Trad. Irene Aron. São Paulo: Editora 34, 2005.
MEYER, Emilio Peluso Neder. Constitutional Erosion in Brazil. Oxford: Hart Publishing, 2021. DOI: https://doi.org/10.5040/9781509941971
MURGIA, Michela. Instruções para se tornar um fascista. Trad. Júlia Scamparini. Belo Horizonte, Veneza: Âyiné, 2019.
NEVES, Marcelo. A constitucionalização simbólica. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2016.
OVÍDIO. Metamorfoses. Trad. Domingos Lucas Dias. São Paulo: Editora 34, 2017.
RANCIÈRE, Jacques. O ódio à democracia. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2014.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SCHWARZ, Géraldine. Os amnésicos: história de uma família europeia. Trad. Ana Martini. Belo Horizonte; Veneza: Âyiné, 2021.
SECCHI, Bernardo. A cidade dos ricos e a cidade dos pobres. Trad. Renata de Oliveira Sampaio. Belo Horizonte, Veneza: Âyiné, 2019.
STARLING, Heloisa Murgel. Onde estão os repúblicos? A crise e a república no Brasil contemporâneo. In: BOTELHO, André; STARLING, Heloisa (Org.). República e democracia: impasses do Brasil contemporâneo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017, p. 99-119.
STARLING, Heloisa Murgel. Ser republicano no Brasil Colônia: A história de uma tradição esquecida. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
TRAVERSO, Enzo. As novas faces do fascismo: populismo e a extrema direita. Trad. Mônica Fernandes, Rafael Mello, Raphael Lana Seabra. Belo Horizonte; Veneza: Âyiné, 2021.
TODOROV, Tzvetan. A conquista da América: a questão do outro. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. 5. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2019.
TODOROV, Tzvetan. Os inimigos íntimos da democracia. Trad. Joana Angélica d’Avila Melo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
VILLAS BÔAS, Luciana. A República de chinelos: Bolsonaro e o desmonte da representação. São Paulo: Editora 34, 2022.
ZWEIG, Stefan. A tragédia do esquecimento. In: ZWEIG, Stefan. O mundo insone e outros ensaios. Trad. Kristina Michahelles. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 204-210.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Roberta Puccini Gontijo

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.