v. 5 n. 2 (2024): Dossiê - Para uma crítica da razão (de)colonial (jul/dez 2024)
Dossiê especial

O anticolonialismo internacionalista dos situacionistas

Erick Quintas Corrêa
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
Biografia

Publicado 08-12-2024

Palavras-chave

  • situacionismo,
  • anticolonialismo,
  • internacionalismo

Como Citar

O anticolonialismo internacionalista dos situacionistas. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 5, n. 2, p. e52292, 2024. DOI: 10.53981/destroos.v5i2.52292. Disponível em: https://periodicos-hml.cecom.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/52292. Acesso em: 7 out. 2025.

Resumo

O objetivo deste artigo é refutar a ideia de que a Internacional Situacionista foi uma organização insensível à questão colonial e anticolonial. Para este fim, apresenta-se as noções situacionistas de colonização e descolonização da vida cotidiana, em diálogo com a teoria crítica do espetáculo; explora-se aspectos de sua oposição aos princípios nacionalistas e estatistas que orientavam os movimentos de libertação de sua época, a partir de uma defesa do internacionalismo proletário e seu projeto de autogestão generalizada; e destaca-se, por fim, a fundamental contribuição de seus membros não europeus para o desenvolvimento da organização, bem como suas posições perante as lutas de libertação na Argélia, no Congo e na Palestina.

Referências

  1. BAUMEISTER, Ruth. Gender and Sexuality in the Situationist International. In: HEMMENS, Alastair; ZACARIAS, Gabriel (orgs.). The Situationist International. A Critical Handbook. London: Pluto Press, 2020, pp. 118-138.
  2. BOULOUQUE, Sylvain. Les anarchistes français face aux guerres coloniales (1945-1962). Lyon: Atelier de Création Libertaire, 2003.
  3. BRICIANER, Serge. Pannekoek et les conseils ouvriers. Paris: EDI, 1969.
  4. DAHOU, Mohamed. Le jeu psychogéographique de la semaine. In: INTERNATIONALE LETTRISTE. Potlatch, n. 1, 22 jun. 1954
  5. DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
  6. DEBORD, Guy. Correspondance vol. 3 (1965-1968). Paris: Fayard, 2003.
  7. DEBORD, Guy. Œuvres. Paris: Gallimard, 2006.
  8. DOLTO, Sophie; MOUSSA, Nedjib Sidi. The Situationists’ Anti-colonialism: An Internationalist Perspective. In: HEMMENS, Alastair; ZACARIAS, Gabriel (orgs.). The Situationist International. A Critical Handbook. London: Pluto Press, 2020, pp. 103-118.
  9. DUMONTIER, Pascal. Les situationnistes et mai 68: théorie et pratique de la révolution. Paris: Ivrèa, 1995.
  10. GRAEBER, David. Direct Action: an Ethnography. Oakland: AK Press, 2009.
  11. GUY-ERNEST, Debord. Les Luttes de Classes en Algerie. Paris: Internationale Situationniste, 1965. Disponível em: https://www.gonnelli.it/uk/auction-0046-1/debord-guyernest-les-luttes-de-classes-en-al.asp. Acesso em: 22 abr. 2024.
  12. INTERNACIONAL SITUACIONISTA. Situacionista: teoria e prática da revolução. Trad. Francis Wuillaume e Leo Vinícius. São Paulo: Conrad, 2002.
  13. INTERNATIONALE LETTRISTE. Potlatch (1954-1957). Paris: Gallimard, 1996.
  14. INTERNATIONALE SITUATIONNISTE. Internationale Situationniste (1958-1969). Texte intégral des 12 numéros de la révue. Paris: Fayard, 1997.
  15. M’PIKU, Joseph M’Belolo Ya. “Que devient l’avant-garde?. L’art même, n° 66, 2015.
  16. RASPAUD, Jean-Jacques; VOYER, Jean-Pierre. L’International Situationniste. Protagonistes, Chronologie, Bibliographie. Paris: Éditions Champ Libre, 1972.
  17. TRESPEUCH-BERTHELOT, Anna. Khayati, Mustapha. Le Maitron. Dictionnaire biograpique du mouvement ouvrier et social, 2 ago. 2018. Disponível em: https://maitron.fr/spip.php?article138210. Acesso em: 31 dez. 2023.