Clássico e romântico como categorias de compreensão da literatura moderna na crítica de José Guilherme Merquior
DOI :
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2022.38217Mots-clés :
Romântico, Clássico, Merquior, Modernismo, Literatura modernaRésumé
Resumo: Não obstante as reservas no que se refere à validade heurística dos estilos de época, os termos “clássico” e “romântico” vêm propiciando bons rendimentos interpretativos quando aplicados a obras posteriores ao período clássico e ao romantismo. Não apenas críticos consagrados, mas também pesquisadores universitários têm ainda hoje se valido desses termos como categorias capazes de caracterizar e nos fazer compreender inclusive a literatura contemporânea. José Guilherme Merquior, crítico literário da segunda metade do século XX, recorreu a ambas as noções, tanto a de clássico quanto a de romântico. A primeira lhe serviu para situar esteticamente e analisar apropriadamente a poesia de Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto publicada nos anos 50. Da noção de romântico, Merquior se utilizou no intuito de pensar a produção literária e artística moderna ocidental, a partir de Baudelaire. Este artigo se propõe discutir o emprego merquioriano de tais noções.
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